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Polícia Civil de Mato Grosso esclarece assassinato da produtora rural Raquel Maziero Cattani

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Polícia Civil-MT
Polícia Civil de Mato Grosso esclarece assassinato da produtora rural Raquel Maziero Cattani
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A Polícia Civil de Mato Grosso elucidou na última quarta-feira, 24 de julho, o assassinato da produtora rural Raquel Maziero Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani. O crime ocorreu na semana passada na cidade de Nova Mutum–MT. Tanto o mandante quanto o executor do homicídio qualificado foram presos em flagrante e foram encaminhados para Nova Mutum, onde serão interrogados.

A resolução do caso contou com inúmeras diligências, análise de evidências e depoimentos de dezenas de pessoas, conduzidas pelas Delegacias Regional, Municipal e Derf de Nova Mutum, sob a coordenação dos delegados Edmundo Félix e Guilherme Pompeo. Os responsáveis pelo crime foram identificados como o ex-marido de Raquel, que planejou o crime, e o irmão dele, que executou a vítima e encenou um crime patrimonial.

“Desde o trágico crime, as equipes das delegacias do município não mediram esforços até esclarecer o crime e prender os responsáveis”, afirmou o delegado regional João Romano.

Desde a manhã da última sexta-feira, 19 de julho, quando a Polícia Civil foi acionada no assentamento Pontal do Marape, a 150 quilômetros de Nova Mutum, diversas diligências ininterruptas foram realizadas. A vítima residia e trabalhava no assentamento.

“Analisamos todas as imagens do comércio da vila, das cidades vizinhas como São José do Rio Claro e Tapurah, e entrevistamos mais de 150 pessoas, incluindo vizinhos, moradores do assentamento e trabalhadores ao longo desses seis dias”, explicou o delegado Guilherme Pompeo.

Durante a análise do local do crime, um investigador notou que a janela do quarto dos filhos da vítima havia sido arrombada. Foi solicitada a extração de eventuais impressões digitais, realizada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec).

A equipe da Polícia Civil apreendeu um televisor que também continha algumas pegadas. “Questionamos por que alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado propositalmente para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, acrescentou Pompeo.

As diligências focaram no ex-marido, Romero Xavier, que exibia comportamento possessivo e não aceitava o término do relacionamento com Raquel. Novos levantamentos revelaram que o irmão de Romero, Rodrigo Xavier, tinha passagens por furtos e outros crimes, além de ser um ex-usuário de entorpecentes.

Após o fim do casamento, Romero e Rodrigo passaram a se encontrar e trocar mensagens. A Polícia Civil tentou ouvir Rodrigo, mas ele se esquivou diversas vezes, apresentando inconsistências em sua versão dos fatos.

Na última terça-feira, 23 de julho, Rodrigo atualizou uma rede social indicando que estava morando em Cuiabá. Na quarta-feira, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum foram ao endereço de Rodrigo em Lucas do Rio Verde. Após horas de vigilância, Rodrigo chegou à residência e, ao ser abordado, demonstrou nervosismo. Na casa, os policiais encontraram pertences da vítima, incluindo frascos de perfume, um aparelho de som e uma faca.

Rodrigo confessou o homicídio de Raquel Cattani. Ele revelou que o crime foi planejado por Romero, que simulou um latrocínio para embaraçar as investigações. A bota que Rodrigo usava correspondia à pegada encontrada no televisor na casa da vítima.

Romero levou Rodrigo para Nova Mutum, escondendo-o nas proximidades do sítio de Raquel. No dia do crime, Romero criou um álibi ao almoçar com o ex-sogro e levar os filhos do casal para Tapurah. À noite, Rodrigo atacou Raquel com uma faca, subtraiu objetos da casa e simulou um roubo. Rodrigo jogou a motocicleta, o celular e a faca do crime em um rio da região, onde o Corpo de Bombeiros realizará buscas.

Uma equipe policial coordenada pelo delegado Edmundo Félix foi ao assentamento Pontal do Marape para prender Romero e levá-lo à delegacia de Nova Mutum, encerrando assim a investigação do crime.

Denuncie: 197/181.

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