Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combate 12 incêndios florestais

Na última terça-feira, 30 de julho, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso está atuando no combate a 12 incêndios florestais em todo o estado. A operação envolve 100 militares, apoiados por dois aviões, um helicóptero, 26 caminhonetes, 12 máquinas e sete caminhões-pipa.
No Pantanal, 38 bombeiros estão combatendo quatro incêndios florestais nas regiões de Porto do Triunfo e Fazenda Cambarazinho, em Poconé; Porto Conceição e na divisa com a Bolívia, em Cáceres. Eles contam com o apoio de um avião, dez viaturas, nove máquinas para construção de aceiros, quatro caminhões autotanque e três embarcações.
Além dos bombeiros, a operação no Pantanal envolve oito funcionários da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), cinco membros da Defesa Civil do Estado, um integrante do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama, militares do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.
Dentro do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (Parna Pantanal), brigadistas do ICMBio e do Ibama estão combatendo um incêndio próximo à divisa da Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Dorochê.
Em Cuiabá, 20 bombeiros estão combatendo um incêndio florestal às margens da MT-351, entre o Coxipó-açu e o Residencial Parque Mirella, com o apoio de cinco viaturas.
Na Serra Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade, 13 bombeiros estão combatendo diretamente onde há acesso, enquanto na Serra do Patrimônio, em Pontes e Lacerda, dois militares estão trabalhando com apoio de brigadistas e funcionários das fazendas próximas.
Outros 14 bombeiros estão combatendo incêndios nas margens da MT-249, em São José do Rio Claro; no Assentamento 12 de Outubro, em Cláudia; na Fazenda La Serena, em Paranatinga; na Área de Proteção Ambiental (APA) Córrego do Boiadeiro, em Alto Araguaia; e na APA Chapada dos Guimarães.
O Batalhão de Emergências Ambientais monitora, com satélites, incêndios florestais na Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, entre Colniza e Aripuanã; na Fazenda São Chico III, em Nova Maringá; na Fazenda Guanabara e Vale Verde, em Marcelândia; e na Fazenda Floresta VII, em Apiacás.
Também são monitorados incêndios nas Terras Indígenas Sangradouro/Volta Grande e Merure e na Reserva Indígena São Marcos, na região de Primavera do Leste. Como são áreas indígenas, o combate deve ser feito por órgãos do Governo Federal, não havendo autorização para atuação estadual. Até o momento, o Corpo de Bombeiros não foi acionado para essas áreas.
Todos os incêndios combatidos pelos bombeiros também são monitorados pelo BEA para orientar as equipes em campo.
A estiagem severa e a baixa umidade do ar estão contribuindo para a propagação das chamas. O Corpo de Bombeiros pede a colaboração da população para respeitar o período proibitivo e denunciar qualquer indício de incêndio pelos números 193 ou 190.
Desde o início do período proibitivo, 15 incêndios foram extintos em Mato Grosso: cinco em Cuiabá, três em Chapada dos Guimarães, um em Poconé, um em Nova Lacerda, um em Vila Bela da Santíssima Trindade, um em Barão de Melgaço, um em Primavera do Leste, um em Cáceres e um na APA das Cabeceiras do Rio Cuiabá.
Entre segunda a terça-feira, foram registrados 158 focos de calor em Mato Grosso, conforme o Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Destes, 114 se concentram na Amazônia, 41 no Cerrado e três no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).
É importante destacar que um foco de calor isolado não representa necessariamente um incêndio florestal, embora um incêndio florestal seja caracterizado pelo acúmulo de focos de calor.