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Mulher é condenada a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro em Itiquira

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Polícia Civil-MT
Mulher é condenada a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro em Itiquira
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Investigação da Polícia Civil de Mato Grosso sobre tráfico de drogas e lavagem de dinheiro resultou na condenação de Romiléia Natácia Ribeiro Lopes. A decisão, proferida pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, foi publicada nesta segunda-feira, 16 de setembro, e determina a pena de oito anos de prisão em regime fechado para a ré, além da perda de todos os bens móveis e imóveis adquiridos ilicitamente.

Romiléia, de 38 anos, foi presa preventivamente em julho do ano passado, após uma investigação detalhada conduzida pela Delegacia de Itiquira. Ela foi acusada de utilizar lucro proveniente do tráfico de drogas para lavagem de dinheiro, em um esquema que também envolveu seu marido, Cleverson Dyego Serafim de Morais.

Cleverson, que liderava o tráfico no município de Itiquira–MT, adquiriu e ocultou uma série de bens, incluindo imóveis e veículos, com o dinheiro do tráfico. Em 24 de junho de 2023, a Polícia Civil realizou mandados de prisão e buscas na propriedade onde Cleverson residia. Para evitar a prisão, ele tentou fugir, saltando no Rio Itiquira e se afogando. Seu corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros quatro dias depois.

Durante a investigação, foi revelado que entre 2016 e 2022, Romiléia e Cleverson movimentaram mais de R$ 2 milhões em 36 contas bancárias, cuja origem não condizia com a renda declarada da ré, um modesto salão de beleza em Itiquira. A análise financeira e a aquisição de bens indicaram que a origem dos recursos era proveniente das atividades ilícitas do casal.

Romiléia foi acusada de adquirir 15 imóveis e três veículos, todos adquiridos com dinheiro do tráfico. Além disso, a investigação revelou que alguns imóveis foram comprados com pagamento em espécie e antes da formalização dos contratos imobiliários. Quatro imóveis adicionais foram identificados como pertencentes à ré, mas não estavam escriturados e estavam alugados a terceiros.

Apesar das tentativas de Romiléia de se desvincular de Cleverson, alegando separação, as evidências demonstraram que o casal continuava unido. Além disso, Romiléia foi acusada de ameaçar pessoas em Itiquira, utilizando o nome de uma facção criminosa para coagir indivíduos a ajudá-la a ocultar o patrimônio ilícito.

O delegado Felipe Neto destacou que a compra antecipada de imóveis com dinheiro em espécie e a movimentação financeira incompatível com a renda declarada foram elementos-chave na condenação de Romiléia. A sentença também inclui a perda de todos os bens adquiridos com os lucros do tráfico, sublinhando a determinação da justiça em combater o crime organizado e a lavagem de dinheiro no estado.

Denuncie: 197/181.

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