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Agricultor é preso por feminicídio após alegar disparo acidental contra esposa em Nova Mutum

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Reprodução
Agricultor é preso por feminicídio após alegar disparo acidental contra esposa em Nova Mutum
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A Polícia Civil de Mato Grosso investiga o agricultor Valdecir Karnoski, de 57 anos, por feminicídio, após ele matar a esposa, Roseni da Silva Karnoski, de 52 anos, com um tiro no peito, em Nova Mutum-MT. O crime ocorreu na última terça-feira, 24 de junho, e inicialmente foi apresentado pelo suspeito como um disparo acidental.

Roseni chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após sofrer três paradas cardíacas no hospital.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Jean Paulo, Valdecir já respondia a um processo com base na Lei Maria da Penha, por um episódio ocorrido em 2021, quando teria atirado contra a esposa durante uma discussão motivada pela emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da vítima. À época, ele também alegou que o disparo havia sido acidental.

Armas registradas no nome da vítima.

Ainda conforme o delegado, as armas utilizadas pelo suspeito estavam registradas no nome de Roseni, que era registrada como CAC (colecionadora, atiradora desportiva e caçadora). No entanto, há indícios de que ela foi forçada pelo marido a obter o registro, já que ele não podia ter posse de armas por responder a processo judicial.

Na residência do casal, a Polícia Militar apreendeu quatro armas, sendo uma espingarda calibre 12, localizada sobre o sofá da sala, além de uma espingarda calibre 22, uma calibre 36 e uma espingarda de pressão CBC 5.5.

Suspeito estava embriagado.

No dia do crime, Valdecir foi localizado pela PM com sinais visíveis de embriaguez. Aos policiais, ele afirmou que o disparo foi acidental, ocorrido enquanto fazia a manutenção da espingarda.

O agricultor foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. O caso, agora registrado como feminicídio, segue sob investigação da Delegacia de Nova Mutum.

A defesa do suspeito ainda não foi localizada.

Histórico de violência.

O histórico de agressões anteriores e o uso de armas dentro da residência reforçam a suspeita de violência doméstica prolongada. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de que a vítima tenha sido submetida a ameaças e coerções ao longo dos anos, inclusive no processo de obtenção do registro de CAC.

A Delegacia da Mulher e o Ministério Público também devem acompanhar o andamento da investigação.

Fonte: Por Victória Oliveira, g1 MT.

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