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Alto Araguaia: Justiça determina internação de adolescentes que torturaram colega em escola

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Reprodução
Alto Araguaia: Justiça determina internação de adolescentes que torturaram colega em escola
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A Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) investigam um caso grave de violência escolar ocorrido na Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia-MT. Uma estudante de 12 anos foi brutalmente agredida por colegas dentro da unidade de ensino. A agressão foi filmada pelas próprias autoras e divulgada nas redes sociais na última segunda-feira, 4 de agosto.

A AGRESSÃO.

O vídeo, que circulou amplamente pelas redes sociais, mostra a vítima ajoelhada, encurralada por outras alunas. As imagens revelam cenas de extrema violência: tapas, socos, chutes, puxões de cabelo e até agressões com o cabo de uma vassoura. Durante o espancamento, uma das regras impostas à vítima era não chorar, caso contrário, seria ainda mais agredida.

MOTIVAÇÃO.

Segundo o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo inquérito, a motivação da agressão teria sido banal: a vítima se recusou a dar um “geladinho” (suco de pacotinho) a um dos colegas. No entanto, o delegado classificou a ação como um “salve”, tipo de punição comum entre facções criminosas quando alguém desrespeita regras internas.

GRUPO INSPIRADO EM FACÇÕES.

A investigação revelou que as agressoras e a vítima faziam parte de um grupo de cerca de 20 alunas que simulavam uma facção criminosa dentro da escola. O grupo mantinha hierarquia, regras e punições internas, imitando estruturas de organizações criminosas. Algumas das adolescentes envolvidas possuem histórico familiar ligado a facções, e uma delas já havia sido conduzida à delegacia por associação com membros do crime organizado, inclusive portando drogas.

INVESTIGAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS.

Ao todo, cerca de 10 pessoas foram ouvidas, entre elas as adolescentes envolvidas, pais, direção da escola e a própria vítima. Durante os depoimentos, as suspeitas confessaram a agressão e admitiram ter atacado outras quatro alunas em episódios anteriores, sempre com métodos semelhantes.

A Polícia Civil apreendeu os celulares das menores e encontrou mais vídeos das agressões. Com base nas provas colhidas, o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público com recomendação de internação das adolescentes pelos atos infracionais análogos aos crimes de tortura e integração à organização criminosa, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A 1ª Vara de Alto Araguaia acatou o pedido e determinou a internação provisória das envolvidas. As adolescentes, com idades entre 12 e 14 anos, foram encaminhadas para uma unidade do sistema socioeducativo em Cuiabá. Uma quarta integrante do grupo, de 11 anos, não pôde ser internada por não atingir a idade mínima estabelecida pelo ECA.

POSICIONAMENTO DA SEDUC.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que está apurando o caso com rigor. Equipes da gestão escolar e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias dos estudantes. A Seduc reforçou que “medidas exemplares” serão tomadas, dentro do que permite a legislação vigente. No entanto, até o momento, não especificou quais ações disciplinares foram adotadas contra as alunas.

O estado de saúde da vítima não foi divulgado. O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades.

Fonte: Por g1 MT.

Confira nota na íntegra:

A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informa que já está apurando com rigor o caso de agressão envolvendo um grupo de estudantes contra uma aluna da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais.

As equipes gestora e psicossocial da unidade e da Diretoria Regional de Educação já foram mobilizadas para prestar atendimento à vítima, aos demais envolvidos e às suas famílias, com o objetivo de oferecer acolhimento e suporte necessários.

O caso já foi registrado junto a autoridade policial competente e, paralelamente, a Seduc está tomando as medidas disciplinares cabíveis, conforme as normas do Regimento Escolar e demais legislações vigentes, com providências firmes para que situação como esta não se repita, aplicando punições exemplares dentro do que permite a legislação.

Reafirmamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente escolar seguro, respeitoso e acolhedor para todos.

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