Advogado da vítima diz que ela reconheceu Cuca como ‘estuprador”

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Advogado da vítima diz que ela reconheceu Cuca como ‘estuprador”
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro na Suíça, em 1987, afirmou que ela reconheceu Cuca como um dos agressores e que o sêmen dele foi usado como prova. Em sua entrevista de apresentação no Corinthians, Cuca disse que não tinha reconhecido pela vítima.

Willi Egloff disse que Cuca foi reconhecido como “estuprador” pela menina de 13 anos atacada em um hotel em Berna, na Suíça, em 1987. O advogado afirmou: “A declaração de Alexi Stival [Cuca] é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor”.

Egloff também confirmou a informação do jornal Der Bund, de Berna, segundo a qual o sêmen de Cuca foi encontrado na garota. Segundo ele, o exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.

O advogado afirmou que a vítima dos jogadores do Grêmio tentou cometer suicídio depois do crime. Egloff disse que foi procurado pelo pai da vítima para acompanhá-la durante o processo, que durou dois anos e foi concluído em 1989, com a condenação de Cuca e outros três jogadores.

Egloff tinha quatro anos de advocacia quando foi procurado pelo pai da vítima para auxiliá-la na denúncia. Formado na Universidade de Zurique em 1974, ele atuou no caso e teve acesso aos autos do processo. Hoje trabalha em um escritório e presta consultoria nas áreas de direito de mídia e direito autoral.

CONFIRA A ENTREVISTA COM O ADVOGADO DA VÍTIMA

PERGUNTA – Alexi Stival, o Cuca, negou qualquer envolvimento no crime, dizendo que estava apenas no quarto quando a garota foi cercada pelos outros jogadores. Segundo ele, em três declarações, a vítima disse que ele não a atacou. Você pode confirmar ou negar essa versão? A vítima o reconheceu como um dos criminosos?

WILLI EGLOFF – A declaração de Alexi Stival é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor.

P – O jornal Der Bund menciona que o sêmen de Cuca foi encontrado na vítima. Você confirma que esta foi uma das provas usadas no processo? Você se lembra de como esse exame foi feito? Em 1987, a análise forense de DNA ainda estava em seus primeiros anos.

WE – É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota. O exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.

P – O mesmo artigo menciona que a vítima tentou cometer suicídio depois do crime. Isso realmente aconteceu? Não gostaríamos de invadir a privacidade da vítima, mas essa informação ajudaria o público a entender a extensão do trauma pelo qual ela passou.

WE – Esta informação está correta. No entanto, eu não me lembro com certeza se isso aconteceu imediatamente após o evento ou mais tarde.

P – Os jornalistas brasileiros têm tentado obter acesso ao processo completo na Justiça suíça, mas ele está atualmente em segredo. Esses documentos seriam importantes para verificar a veracidade das alegações de Cuca. Existe alguma maneira de acessar esse processo?

WE – Como o caso foi realizado sob proteção de privacidade, é difícil ter acesso ao arquivo.

P – Você se lembra exatamente por quais crimes os réus foram condenados? Você pode mencionar o artigo do Código Penal Suíço que eles violaram?

WE – Alexi Stival foi condenado por violar o art. 181 (coerção) e o art. 191 (fornicação com crianças) do Código Penal Suíço. Desde então, o Código Penal Suíço foi revisado várias vezes. O antigo art. 191 corresponde ao art. 187 (atos sexuais com crianças) do atual Código Penal Suíço.

P – Como você ficou sabendo do crime? Como conheceu a vítima e seus pais e qual foi o seu papel no processo?

WE – Fui contratado pelo pai [da vítima]. Como advogado da vítima, tive acesso completo ao processo.

Fonte: noticiasaominuto.com.br

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