Carmona diz que há ‘rombo’ de R$ 30 milhões, mas não diz especificamente que foi corrupção
ODOC CONTEÚDO
A interventora da saúde pública em Cuiabá, Danielle Carmona, disse à imprensa nesta segunda-feira (10), durante visita ao antigo Pronto Socorro Municipal, que a equipe de intervenção vai fazer um pente fino para apurar cada uma das dívidas de R$ 350 milhões da Secretaria de Saúde da Capital. O rombo financeiro da pasta foi divulgado ainda durante a primeira intervenção na Pasta.
“Nós estamos fazendo o levantamento. Agora nós vamos destrinchar para ver do que se referem cada uma dessas dívidas”, disse. Apesar do valor das dívidas em atraso, Carmona adiantou que não é possível dizer se houve corrupção na Pasta.
Conforme a interventora, a dificuldade financeira é o maior desafio da equipe de intervenção. “Nós não temos recebido recursos de forma integral para fazer a programação. Não há dinheiro hoje para pagar o custeio mensal e sequer para as dívidas anteriores”. Ela adiantou que o Tribunal de Contas divulgou uma cautelar exigindo que a Prefeitura de Cuiabá garanta os R$ 45 milhões previstos na LOA (Lei Orçamentária Anual).
Sobre a retomada das cirurgias eletivas, a interventora disse que a expectativa é fazer, em 12 dias, 290 cirurgias eletivas. “Já temos uma programação ao longo desses 12 dias com 292 pacientes, todos aguardando desde 2019, e também com a abertura do ambulatório para realizar o risco cirúrgico desses pacientes. Na sexta-feira também teremos a realização de cirurgias pediátricas, com oito cirurgias por dia”, adiantou.
Segundo Carmona, “hoje nós já temos 18 pacientes internados e as cirurgias foram iniciadas às 8h desta segunda-feira. Nós temos aproximadamente 110 mil pacientes aguardando internações eletivas e nosso foco aqui nesse hospital é de uma demanda grande de cirurgia nas áreas de laqueadura, hérnia e vesícula”, disse.
“Essa retomada é uma iniciativa da intervenção de garantia de acesso aos usuários que estão na fila. Paralelamente a isso, nós iniciamos a limpeza dessa fila. Já fizemos um cruzamento de mortalidade. Nove mil pacientes que foram a óbitos continuam na fila e trabalhamos para resolver essa situação o mais rápido possível”, argumentou.
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Fonte: odocumento.com.br