Operação Ragnatela desmantela núcleo de facção criminosa em Mato Grosso
Nesta quarta-feira, 05 de junho, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT), com o apoio do CIOPAER e do GAECO/MPMT, deflagrou a Operação Ragnatela, com o objetivo de desarticular o núcleo da maior facção criminosa do estado, responsável por lavagem de dinheiro em casas noturnas na capital.
A operação mobilizou aproximadamente 400 policiais para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro. Além disso, foram realizados sequestros de imóveis e veículos, bloqueios de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.
As equipes da FICCO descobriram que os criminosos estavam envolvidos na gestão de casas noturnas em Cuiabá. Utilizando essa estrutura, a facção promovia shows de artistas conhecidos nacionalmente, financiados pela facção em parceria com um grupo de promoters. As investigações revelaram que os acusados impunham a não contratação de artistas de outras unidades da Federação com influência de organizações criminosas rivais, sob pena de represálias.
A organização criminosa (ORCRIM) contava com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows. Esses agentes atuavam sem observar a legislação e recebiam benefícios financeiros em troca de seus serviços.
As investigações também descobriram um esquema para a introdução de celulares em presídios, além da transferência de lideranças da facção para estabelecimentos penitenciários de menor rigor, facilitando a comunicação com o grupo que estava em liberdade.
Dois dos principais alvos da operação foram presos pela Polícia Federal no último sábado, 1º de junho, ao desembarcar no aeroporto do Rio de Janeiro com documentos falsos, uma grande quantia de dinheiro em espécie e joias. Eles foram transferidos para o sistema penitenciário fluminense e posteriormente presos por força dos mandados de prisão desta operação.
A FICCO/MT é uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar. O objetivo é realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.
Balanço da Operação Ragnatela:
– 8 prisões preventivas.
– 36 mandados de busca e apreensão.
– 9 sequestros de imóveis.
– 13 sequestros de veículos.
– 2 afastamentos de cargos públicos.
– 4 suspensões de atividades comerciais.
– 68 bloqueios de contas bancárias.
A Operação Ragnatela representa um avanço no combate ao crime organizado em Mato Grosso, com ações coordenadas que buscam enfraquecer a infraestrutura e a capacidade operacional da facção criminosa no estado.
