Polícia Civil de Mato Grosso deflagra Operação Assintonia contra organização criminosa

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Polícia Civil-MT
Polícia Civil de Mato Grosso deflagra Operação Assintonia contra organização criminosa
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A Polícia Civil de Mato Grosso, em ação conjunta da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Tapurah, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 26 de junho, a Operação Assintonia. A operação tem como foco desmantelar uma organização criminosa envolvida no comércio de entorpecentes, armas de fogo, munições e lavagem de dinheiro na região médio-norte do estado.

Durante a operação, estão sendo cumpridas 72 ordens judiciais, incluindo 22 mandados de prisão preventiva, 24 mandados de busca e apreensão e 26 bloqueios de contas bancárias. Os mandados foram deferidos pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista da 5ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado de Sinop e estão sendo executados nas cidades de Cuiabá, Tapurah, Itanhangá, Porto dos Gaúchos, Boa Esperança, e Quintana–SP, com apoio da Delegacia Seccional de Polícia de Tupã–SP para o cumprimento em São Paulo.

Entre os alvos da operação está um dos principais líderes de uma facção criminosa na região médio-norte do estado, atualmente detido na Penitenciária Central do Estado (PCE). Este indivíduo possui uma extensa ficha criminal, incluindo comércio de drogas e armas de fogo, além de ordenar roubos e assassinatos em série. As investigações revelaram que ele continua a comandar atividades criminosas de dentro do presídio, utilizando mensagens e ligações de celulares para emitir ordens aos seus “soldados”.

O grupo atua na comercialização de entorpecentes, com os integrantes devendo enviar os lucros obtidos à liderança ao final de cada mês, acompanhados de uma prestação de contas.

O grupo criminoso utiliza estratégias assistencialistas, como a organização de festas, financiamento de times de futebol amador e distribuição de cestas básicas, para cooptar a população local, que, em troca dos benefícios, deixa de denunciar crimes e não colabora com as investigações.

Diversas provas foram colhidas durante as investigações, relacionadas ao comércio de armas de fogo (pistolas, carabinas, revólveres e um fuzil), munições e explosivos. As aquisições das armas não são apenas para revenda, mas também para cometer crimes como assaltos e assassinatos de integrantes de facções rivais e agentes de segurança pública.

O investigado também coordena a imposição de uma espécie de cobrança/mensalidade às empresas locais para “proteção” da facção criminosa, garantindo que não sejam roubadas ou furtadas e, se forem, que tenham seus problemas resolvidos pelo grupo.

Os materiais e evidências coletados durante a Operação Assintonia serão apresentados ao Poder Judiciário e analisados pela equipe de investigadores para dar continuidade às investigações.

Denuncie: 197/181.

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