Nossa Senhora do Livramento decretou situação de emergência por crise hídrica
O município de Nossa Senhora do Livramento–MT decretou situação de emergência devido à grave crise hídrica que enfrenta. Com essa decisão, o Governo de Mato Grosso proibiu o uso de água para atividades não essenciais, como a lavagem de veículos e a reposição de água em piscinas. O decreto foi publicado no Diário dos Municípios na última segunda-feira, 12 de agosto.
O decreto tem duração de 180 dias, refletindo a severidade da seca que afeta Mato Grosso, resultando em uma crise hídrica significativa. O documento indica que a prolongada seca levou ao esgotamento das fontes de água que abastecem o município, afetando diretamente diversas famílias e os setores agrícolas e agropecuários da região.
Entre as ações emergenciais, está a mobilização de todos os órgãos municipais sob a coordenação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras para responder ao desastre e promover a reabilitação da área afetada. Além disso, o decreto permite que o município dispense licitações para a aquisição de bens e serviços necessários ao enfrentamento da emergência nos próximos 180 dias.
Um Comitê de Gestão de Crises foi criado para coordenar as ações do governo local. Este comitê é composto por representantes de várias secretarias municipais e é presidido pelo prefeito Silmar de Souza Gonçalves (União Brasil).
A situação não é isolada. No dia 06 de agosto, o governo de Mato Grosso decretou situação de emergência em Poconé–MT devido à crise hídrica. Um incêndio ocorrido em 08 de agosto na área de reserva ambiental do Sesc Pantanal se alastrou em direção a uma aldeia vizinha em Barão de Melgaço–MT, levando o município a decretar situação de emergência.
Conforme dados do MapBiomas, pela segunda vez em três anos, o Brasil registrou uma redução na superfície de água em 2023 em comparação à média histórica. O Pantanal foi o bioma mais afetado, com a superfície úmida 61% abaixo da média em 2023. Apenas 2,6% do bioma estava coberto por água este ano.
– Em 2023, a superfície de água anual foi de 382 mil hectares, representando uma redução de 61% em relação à série histórica, com diminuição na área alagada e no tempo de permanência da água.