Incêndios florestais em Mato Grosso: Corpo de Bombeiros intensifica combate
Na última quarta-feira, 18 de setembro, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso enfrentou um desafio significativo ao combater 32 incêndios florestais em várias regiões do Estado. Mais de mil bombeiros estão mobilizados em regime de revezamento, contando com o apoio de brigadistas contratados e agentes de órgãos federais.
Entre os locais críticos, destaca-se a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, onde as chamas foram controladas. As equipes também estão ativas em áreas como o Parque Estadual do Guirá e na Baia Grande, nas proximidades da Estação Ecológica do Taiamã, em Cáceres, além da Fazenda Laguna, perto da Terra Indígena Tereza Cristina.
O combate aos incêndios tem o apoio de diversas entidades, incluindo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), a Defesa Civil do Estado, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), além de órgãos federais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As forças armadas, como o Exército, a Força Aérea Brasileira e a Marinha, também estão contribuindo com os esforços.
O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) realiza o monitoramento constante de várias propriedades e terras indígenas afetadas pelos incêndios. Entre os locais monitorados estão a Fazenda Dona Mercedes, em União do Sul, e a Terra Indígena Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo. Em muitos desses locais, a intervenção do Corpo de Bombeiros depende de autorização de órgãos federais.
A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm sido fatores críticos na propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros reforça o pedido à população para respeitar o período proibitivo do uso do fogo. Denúncias de incêndios podem ser feitas pelos números 193 ou 190.
Desde o início do período proibitivo, o Corpo de Bombeiros conseguiu extinguir 155 incêndios florestais em 47 cidades, abrangendo áreas como Chapada dos Guimarães, Poconé e Rondonópolis. As ações contínuas visam proteger não apenas o meio ambiente, mas também as comunidades locais que dependem da floresta para sua subsistência.
Em um dia em que o Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estava fora do ar, o monitoramento e a ação dos bombeiros são mais cruciais do que nunca. A atuação integrada e a colaboração entre diferentes órgãos são essenciais para mitigar os danos causados por incêndios florestais em Mato Grosso.
EMERGÊNCIA 193.
