Mato Grosso lança 3,7 milhões de litros de água em combate a incêndios florestais

Desde o início do período proibitivo, o Governo de Mato Grosso já realizou o lançamento de 3,7 milhões de litros de água com aviões para combater incêndios florestais no estado. Até o momento, foram contabilizadas 736 horas de voo de combate aéreo, uma estratégia crucial para proteger o meio ambiente mato-grossense.
O coronel Flávio Glêdson Bezerra, comandante-geral dos Bombeiros, destacou a importância do uso de aeronaves no combate ao fogo: “O avião, aliado ao trabalho das equipes terrestres, garante um combate ainda mais eficiente. Este ano, investimos mais de R$ 74 milhões para fortalecer nossas ações e reduzir os impactos do fogo no meio ambiente.”
Seis aviões estão sendo utilizados diretamente no combate aos incêndios, que têm atingido 17 cidades, incluindo Cuiabá, Poconé, Diamantino, e Barão de Melgaço. O secretário-adjunto de Proteção e Defesa Civil, coronel César Brum, explicou que as aeronaves têm capacidade para lançar entre 2 mil e 3 mil litros de água de forma estratégica, assegurando a eficácia na extinção das chamas e na umidificação do solo.
Mato Grosso enfrenta a pior seca dos últimos 44 anos, conforme reportado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden). Esse cenário agrava a propagação rápida das chamas, levando o Governo a adotar medidas preventivas e de combate aos incêndios florestais desde o início do ano.
Além do uso de aeronaves, o investimento de R$ 74,5 milhões também viabiliza a contratação de 150 brigadistas e a capacitação de 1,2 mil profissionais. As ações incluem a construção de aceiros, poços artesianos e açudes, que servem de bebedouros e abrigos para animais, além da contratação de médicos veterinários para a Transpantaneira, em Poconé.
O uso irregular do fogo é considerado crime segundo a Lei Federal de Crimes Ambientais. Em Mato Grosso, 20 pessoas foram presas por atear fogo em florestas e áreas urbanas, e o Corpo de Bombeiros Militar já aplicou mais de R$ 74 milhões em multas. O estado é o único no Brasil que fiscaliza e aplica multas por uso irregular do fogo.
Conforme o Decreto Estadual nº 927/2024, o uso do fogo está proibido no Cerrado e na Amazônia até 30 de novembro, e no Pantanal até 31 de dezembro. Essa medida visa proteger a biodiversidade e minimizar os danos ambientais causados pelas queimadas.
EMERGÊNCIA 193.