O que se sabe sobre a tragédia em Porto Esperidião: Irmãs Rayane e Rithiele Alves Porto, mortas em crime chocante
No último sábado, 14 de setembro, em Porto Esperidião–MT, ocorreu um crime brutal. As irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, foram sequestradas, torturadas e assassinadas.
Rayane era uma jovem promissora, candidata a vereadora pelo partido Republicanos. Juntamente com sua irmã, Rithiele, elas se destacavam nas redes sociais como pessoas de fé e representantes da cultura circense, tendo nascido em uma família dedicada ao entretenimento de circo. Um tio a descreveu carinhosamente: “Elas não bebiam, não fumavam, não usavam drogas. Eram meninas super responsáveis, com uma maturidade enorme”, enfatizando a integridade e o caráter das irmãs.
O irmão das vítimas e o namorado de Rithiele também foram sequestrados. O namorado conseguiu escapar e avisar a polícia, mas ao chegarem ao local, os policiais encontraram o irmão gravemente ferido e os corpos das irmãs.
A brutalidade do crime foi revelada por imagens de câmeras de segurança, que mostraram o momento em que as vítimas foram sequestradas e levadas a um cativeiro. Segundo o delegado responsável, Higo Rafael, as irmãs e os outros sequestrados foram torturados por aproximadamente três horas. Durante esse tempo, os agressores exigiram dinheiro das vítimas para não matá-las.
Os policiais que atenderam à ocorrência encontraram o irmão das vítimas em estado gravíssimo, com ferimentos que incluíam partes do corpo cortadas. As cenas no local do crime foram devastadoras, com vestígios de tortura e traição. Os corpos de Rayane e Rithiele apresentavam sinais de extrema violência e mutilação.
As investigações levaram a polícia a identificar um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, como o suposto encomendeiro do crime. Segundo o delegado, ele passou cerca de três horas em videocall com os executores do ato brutal. A Secretaria Estadual de Segurança Pública tomou medidas imediatas, isolando o detento e instaurando um procedimento para apurar a origem do acesso a aparelhos celulares dentro do presídio.
Até o momento, 11 pessoas foram detidas, incluindo adultos e adolescentes, e todos os maiores de idade enfrentam graves acusações, que vão de sequestro e tortura a homicídio e associação criminosa. A Justiça optou pela prisão preventiva dos principais suspeitos e pela internação dos menores em unidades socioeducativas.
A motivação do crime continua sendo investigada. Uma foto publicada nas redes sociais, mostrando um gesto potencialmente relacionado a uma facção criminosa rival, levou os investigadores a investigarem a questão de gangues e rivalidades. O delegado afirmou que essa linha de investigação é uma das principais direções para esclarecer os motivos que levaram a essa tragédia.
O caso permanece sob investigação, e a expectativa é de que mais informações venham à tona, elucidando as circunstâncias que levaram a este ato hediondo.