Corpos encontrados em cemitérios clandestinos de Rondonópolis e Lucas do Rio Verde levam a Polícia a investigar facções criminosas
Desde janeiro, 23 corpos foram encontrados enterrados em cemitérios clandestinos em Rondonópolis e Lucas do Rio Verde-MT, durante buscas por pessoas desaparecidas. As vítimas, em sua maioria, apresentam sinais de tortura e execução, e as causas das mortes seguem sendo investigadas. Até agora, 8 corpos foram identificados, e o avanço da decomposição dificulta o processo para os demais.
Em Rondonópolis, onde a Polícia Civil já localizou 11 corpos, a principal linha de investigação é de que as mortes tenham sido cometidas por facções criminosas. Alguns dos corpos encontrados estavam com pés e mãos amarrados, e objetos como calçados e roupas foram encontrados nas proximidades. O caso começou com a procura por Policarpo Pereira Alves, desaparecido desde dezembro de 2024.
Já em Lucas do Rio Verde, 12 corpos foram encontrados desde janeiro, e parte das vítimas estava em processo de esqueletização, indicando que alguns assassinatos ocorreram há meses. Entre as vítimas identificadas, estão pessoas de várias idades, incluindo um adolescente de 15 anos.
Devido ao estado avançado de decomposição, alguns corpos foram enviados para Cuiabá para exames de DNA. A Polícia Civil orienta familiares de pessoas desaparecidas a realizarem coleta de material genético para cruzamento de dados no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).
Este aumento de mortes relacionadas a facções criminosas em Mato Grosso está gerando grande preocupação, especialmente após outros casos recentes de brutalidade, como o assassinato de duas jovens em Tangará da Serra, que foram torturadas e mortas sob ordem de uma facção criminosa.
O Governo de Mato Grosso, por meio do programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado”, busca intensificar o combate às facções, com a criação de novas delegacias e convocação de mais servidores para a segurança pública.
Fonte: Por Jardes Johnson, g1 MT.
