Laudos da Politec concluem que o tiro que matou adolescente em Guarantã do Norte foi voluntário

Os laudos periciais elaborados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontam que o disparo que matou a adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, no último dia 3 de maio, foi tecnicamente classificado como tiro voluntário, e não acidental. A conclusão consta nos documentos de local de crime, necropsia e reprodução simulada entregues à Polícia Civil.
As análises técnicas indicam que o disparo foi realizado de maneira regular, mediante acionamento do gatilho por parte do atirador, descartando qualquer falha mecânica da arma. Entretanto, os peritos não puderam confirmar se houve intenção de matar, o que deverá ser esclarecido ao longo das investigações.
O laudo da reprodução simulada, finalizado na última terça-feira, 27 de maio, confirmou a compatibilidade dos elementos periciais com os dados do inquérito policial, reforçando a dinâmica já estabelecida pela investigação.
O crime ocorreu dentro de um veículo Hyundai/Creta. A vítima foi atingida na parte posterior da cabeça, e o projétil foi posteriormente encontrado alojado na coluna lateral esquerda do carro. O estojo da munição, no entanto, não foi localizado.
Os peritos da Politec analisaram o trajeto do disparo, que se mostrou compatível com os ferimentos constatados no exame de necropsia e com as marcas encontradas no interior do veículo. Durante a reprodução da cena, foi possível alinhar a posição do cano da arma com a localização da cabeça da vítima no momento do disparo, reforçando a conclusão da trajetória do projétil.
Na simulação dos fatos, realizada com a presença do autor do disparo, Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, ele confirmou as declarações prestadas em seu interrogatório no inquérito policial, sem apresentar contradições.
Ao todo, foram solicitados dez laudos periciais para a elucidação do caso, sendo que três já foram concluídos até o momento. A tipificação de tiro acidental foi descartada, uma vez que não foram constatadas falhas na arma nem disparo sem o acionamento do gatilho, fatores essenciais para essa classificação.
As investigações continuam.
Fonte: Assessoria | POLITEC – MT.