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Polícia Civil deflagra operação nacional contra crimes cibernéticos que atingem crianças e adolescentes; ações ocorrem em 12 estados

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Polícia Civil-MT
Polícia Civil deflagra operação nacional contra crimes cibernéticos que atingem crianças e adolescentes; ações ocorrem em 12 estados
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A Polícia Civil de Mato Grosso, em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), deflagrou nesta terça-feira, 27 de maio, a Operação Mão de Ferro 2, uma ação nacional de combate a crimes cibernéticos graves, com foco especial na proteção de crianças e adolescentes.

A ofensiva acontece de forma simultânea em 12 estados brasileiros, entre eles Mato Grosso, e cumpre 22 mandados judiciais que incluem buscas, prisões e internações socioeducativas. Os alvos são suspeitos de envolvimento em redes criminosas que praticavam crimes como apologia ao suicídio e automutilação, pornografia infantil, ameaças, perseguição virtual (stalking), entre outros.

Atuação em Mato Grosso.

Em Mato Grosso, as ações ocorreram nos municípios de Sinop e Rondonópolis, onde foram cumpridos três mandados judiciais, sendo:

  • 1 mandado de busca e apreensão domiciliar contra uma adolescente de 16 anos, em Sinop;
  • 2 mandados de busca e apreensão e de internação provisória contra um adolescente de 15 anos, identificado como líder do grupo investigado, em Rondonópolis.

Esse menor já havia sido alvo da primeira fase da operação, em agosto de 2024, e da Operação Discórdia, em abril deste ano.

As diligências tiveram apoio da 1ª Delegacia de Polícia de Sinop e da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Rondonópolis.

Rede criminosa articulada.

As investigações revelaram a existência de uma rede criminosa composta majoritariamente por adolescentes, que atuava principalmente em plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord. Os suspeitos disseminavam conteúdos de violência extrema, pornografia infantil e apologia ao ódio, além de instigar automutilação e suicídioameaçar e coagir psicologicamente vítimas, especialmente adolescentes.

As ações digitais causavam danos emocionais severos, expondo as vítimas a situações de humilhação pública, chantagens e risco à integridade física e mental.

Crimes e penas.

Os investigados poderão responder por diversos crimes, entre eles:

  • Indução ou instigação ao suicídio, ou automutilação – pena de 2 a 6 anos (dobrada se a vítima for menor);
  • Stalking – pena de 6 meses a 2 anos (aumentada contra crianças);
  • Ameaça – pena de 1 a 6 meses ou multa;
  • Pornografia infantil (compartilhamento/armazenamento) – penas de até 6 anos;
  • Apologia ao nazismo – pena de 2 a 5 anos.

As penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Combate articulado.

O delegado Guilherme Fachinelli, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), ressaltou que a operação é um marco no enfrentamento da violência digital contra crianças.

“A atuação integrada entre estados e governo federal tem sido fundamental para identificar e neutralizar redes criminosas que operam no ambiente digital, aliciando vítimas vulneráveis”, afirmou.

O delegado Gustavo Godoy Alevado, adjunto da mesma unidade, destacou que o trabalho minucioso de investigação, aliado ao apoio do Ciberlab do MJSP, foi essencial para o sucesso da operação.

Segundo o Ministério da Justiça, a operação representa a resposta firme e coordenada do Estado brasileiro ao crescimento de crimes virtuais com alto potencial destrutivo, especialmente aqueles voltados à infância e adolescência.

Canais de denúncia.

A Polícia Judiciária Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 197 ou por canais digitais oficiais. A colaboração da população é considerada essencial no combate a crimes virtuais, sobretudo aqueles que envolvem vítimas em situação de especial proteção legal.

Denuncie: 197/181.

Fonte: Assessoria | MJSP e Polícia Civil-MT.

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