Polícia investiga morte de Kethlyn Vitória, de 15 anos, em Guarantã do Norte; namorado médico é investigado por homicídio

Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, morreu no último sábado, 3 de maio, após ser atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça. O principal suspeito do crime é o próprio namorado da vítima, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, que se entregou à polícia na última segunda-feira (5) e teve a prisão convertida em preventiva. A defesa alega que o disparo foi acidental.
O caso ocorreu em Guarantã do Norte-MT e está sendo investigado como homicídio. A Polícia Civil apura a dinâmica do crime, a origem da arma e a legalidade do relacionamento entre o médico e a adolescente.
Quem era a vítima?
Kethlyn Vitória completou 15 anos no dia 31 de março. Segundo a Polícia Civil, ela morava com o namorado em Guarantã do Norte. O sepultamento ocorreu na segunda-feira (5), às 14h, no cemitério municipal da cidade.
Quem é o suspeito?
Bruno Felisberto é formado em medicina pela Universidad Cristiana de Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, desde 2020. De acordo com a polícia, ele não possui porte de arma.
Após o crime, ele se apresentou à polícia e relatou que havia ingerido bebida alcoólica no momento do disparo. Segundo o advogado de defesa, Fábio Henrique, o tiro foi acidental.
Brincadeira em carro.
Em depoimento, Bruno afirmou que o casal havia saído para se divertir e retornava para casa alcoolizado. Durante o trajeto, Kethlyn teria se sentado no colo dele, no banco do motorista. Ele então pegou uma arma para “brincar”, momento em que o disparo ocorreu.
Um vídeo publicado nas redes sociais dias antes do crime mostra Bruno manuseando uma arma de fogo ao lado da adolescente. O conteúdo está sendo analisado pela Polícia Civil.
Primeiros socorros.
Testemunhas relataram que Bruno levou Kethlyn até uma unidade de saúde da cidade, aparentemente muito abalado. A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas a jovem não resistiu e morreu no hospital.
Ainda segundo relatos, ao saber da morte da namorada, o suspeito teve um surto e tentou quebrar portas e janelas da unidade hospitalar.
Como está a investigação?
Bruno declarou à polícia que tentou disparar a arma para fora do veículo, mas o tiro não saiu. Ao tentar verificar a falha, o disparo acabou atingindo a cabeça de Kethlyn. A versão é tratada com cautela pelas autoridades.
A Polícia Civil confirmou que o caso está sendo investigado como homicídio. A arma utilizada não está registrada no nome do médico, e sua origem ainda será apurada.
O que falta esclarecer?
Segundo o delegado Waner dos Santos Neves, a polícia ainda busca esclarecer a dinâmica completa do crime, inclusive a relação entre o casal.
Caso o relacionamento tenha começado quando Kethlyn tinha menos de 14 anos, o caso também poderá configurar estupro de vulnerável.
Além disso, o vídeo em que o médico aparece armado dentro do carro com a adolescente está sendo periciado. A procedência do revólver também é alvo da investigação.
Fonte: Por g1 MT.