Sema conclui operação contra garimpo ilegal em rios de Peixoto de Azevedo

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) finalizou na última segunda-feira, 19 de maio, uma operação de fiscalização contra o garimpo ilegal nos rios da região de Peixoto de Azevedo-MT. A ação, que teve início na última sexta-feira (16), foi motivada por um pedido do Ministério Público do Estado (MPMT), após alerta sobre o risco iminente de contaminação da água consumida pela população.
Durante a operação, foram inutilizados nove motores diesel utilizados em balsas garimpeiras, incluindo um escariante, além de sete antenas de internet Starlink, duas caixas gravimétricas e oito barras de cano, todos empregados na extração ilegal de minérios. As multas ambientais ainda estão sendo calculadas pela Sema.
Segundo o relatório da secretaria, as atividades não tinham qualquer tipo de licenciamento e causavam poluição ambiental grave. Os garimpos estavam atuando em Áreas de Preservação Permanente (APP), provocando erosão e assoreamento dos rios Peixoto, Peixotinho e Braço Norte.
Um dos principais focos de preocupação é o Rio Peixoto, onde as balsas estavam localizadas nas proximidades dos pontos de captação de água dos municípios de Matupá e Peixoto de Azevedo. A região abastece cerca de 50 mil habitantes, que podem estar em risco devido à contaminação por metais pesados e resíduos oriundos da atividade garimpeira.
No documento enviado à Sema, a Promotoria de Justiça de Peixoto de Azevedo destacou que as Polícias Civil e Militar vêm registrando diversas ocorrências de garimpo ilegal na região de Matupá.
“A situação faz-se preocupante, não apenas com a proteção ambiental, mas também com a saúde pública. Isso porque a água potável fornecida aos munícipes é captada do rio onde ocorre o garimpo ilegal com frequência. O risco de contaminação do rio é iminente, com dano incalculável à sociedade”, destaca o Ministério Público no ofício.
A operação da Sema deve embasar novas medidas de combate ao garimpo ilegal, com reforço na fiscalização ambiental e possibilidade de responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
Fonte: Clênia Goreth | Sema.