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Casos de estupro contra pessoas LGBTQIAPN+ crescem 800% em MT, aponta Anuário de Segurança Pública

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Divulgação/ Mythago Produções
Casos de estupro contra pessoas LGBTQIAPN+ crescem 800% em MT, aponta Anuário de Segurança Pública
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O número de estupros contra pessoas LGBTQIAPN+ em Mato Grosso teve um crescimento alarmante de 800% em 2024, em comparação com o ano anterior. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado na sexta-feira (25). O levantamento também aponta que os homicídios contra essa população quase dobraram no mesmo período.

Diante da escalada da violência, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) criou uma força-tarefa para combater crimes de homofobia e transfobia. De acordo com o tenente-coronel Ricardo Bueno, coordenador do grupo, é fundamental combater a cultura de preconceito ainda presente na sociedade.

“É necessário um esforço coletivo para aprendermos a respeitar as diferenças e não enxergar a sexualidade ou identidade de gênero como inferioridade ou incapacidade”, afirmou.

Atuação da sociedade civil.

Instituto Jejé de Oyá, ONG que atua na defesa dos direitos da população LGBTQIAPN+, oferece acolhimento, acompanhamento médico e psicológico, além de ações de inserção no mercado de trabalho. O presidente da entidade, Sávio De Brito Costa, destaca que é preciso ir além da assistência emergencial.

“Nosso projeto busca dar autonomia e qualidade de vida. Precisamos de políticas públicas efetivas, com o envolvimento real da sociedade e dos gestores públicos”, defendeu.

Vítimas relatam experiências traumáticas.

O jovem Luccas Henry, pansexual e ex-morador em situação de rua, contou que sofreu assédio em banheiros públicos por três vezes e hoje participa de um programa social de acompanhamento.

“Foi uma situação horrível. A pessoa abriu a porta do banheiro mesmo sabendo que eu estava lá. Isso me marcou muito”, relatou.

Já a artista trans Josy Campos compartilhou que sofreu violência psicológica e física na própria família, principalmente vinda do pai, ainda na infância.

“A gente é violentada desde criança, com falas como ‘não senta assim’, ‘não se comporta assim’. Quando você se assume mulher, ainda te chamam de homem. Isso é transfobia estrutural”, destacou.

Dados de violência registrados contra LGBTQIAPN+

Tipo de crime 2023 2024 Variação
Homicídio 7 13 +85,7%
Estupro 1 9 +800%
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