Criminosos do ‘Novo Cangaço’ são presos após assalto a banco em Brasnorte; dois PMs também foram detidos por envolvimento

Quatro homens flagrados durante o assalto a uma agência bancária em Brasnorte-MT, na modalidade conhecida como ‘novo cangaço’, foram presos no último sábado, 2 de agosto, em Vilhena-RO, a cerca de 466 km do local do crime. A ação criminosa aconteceu na última quinta-feira (31), e mobilizou mais de 100 agentes de segurança pública de Mato Grosso e Rondônia.
Segundo a Polícia Civil, o grupo invadiu a agência fortemente armado com fuzis, rendeu funcionários e clientes, acessou o cofre e os caixas eletrônicos, e fugiu em uma caminhonete levando dois reféns. As vítimas foram libertadas cerca de 10 km depois, às margens da MT-170.
Durante as investigações, outras duas pessoas também foram presas por darem apoio logístico à quadrilha. Além disso, dois cabos da Polícia Militar foram detidos suspeitos de facilitar a fuga dos criminosos em troca de dinheiro, atrasando a perseguição ao grupo.
Em nota, a Corregedoria Geral da PM informou que foi aberto um procedimento administrativo para apurar a conduta dos militares. “A PM reforça que não coaduna com nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes e atua com tolerância zero contra qualquer ato ilegal praticado fora ou dentro da corporação”, diz o comunicado.
A operação que resultou na prisão dos envolvidos contou com a atuação conjunta do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Polícia Civil de Brasnorte e Tangará da Serra, Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Força Tática e demais unidades da Polícia Militar.
A cidade de Brasnorte, com pouco mais de 17 mil habitantes, foi cenário de tensão e medo durante a ação criminosa, que seguiu o padrão do ‘novo cangaço’, modalidade de assalto em que bandidos fortemente armados cercam cidades pequenas e atacam instituições financeiras. O termo é uma referência aos bandos que atuavam no sertão nordestino na década de 1930, liderados por figuras como Lampião.
As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos.
Fonte: Por g1 MT.