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Estudantes criam grupo inspirado em facções e torturam colega em escola de Mato Grosso; três são internadas

Fonte: Redação O Portal 163/ Foto: Reprodução
Estudantes criam grupo inspirado em facções e torturam colega em escola de Mato Grosso; três são internadas
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Um grupo de alunas da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia-MT, agrediu e torturou uma colega de 12 anos após ela negar um suco em pó a uma das integrantes. O caso chocante aconteceu dentro da unidade escolar e é investigado pela Polícia Civil, que apreendeu um caderno com regras e hierarquia do grupo, semelhante à estrutura de facções criminosas.

De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, o caderno, encontrado na casa de uma das suspeitas, descrevia normas internas, apelidos e funções atribuídas às participantes. As alunas utilizavam pulseiras coloridas para indicar a posição de cada uma na “organização”. Havia cerca de cinco alunas na função de “diretoras”, que lideravam outras estudantes subordinadas.

A agressão foi registrada em vídeo pelas próprias adolescentes e divulgada nas redes sociais. As imagens mostram a vítima ajoelhada, sendo cercada, xingada e violentamente espancada com tapas, socos, chutes, puxões de cabelo e até golpes com um cabo de vassoura. Segundo a investigação, a menina foi proibida de chorar durante o espancamento, sob ameaça de mais violência.

Durante depoimentos, as suspeitas confessaram ter agredido outras quatro colegas, em ações semelhantes. Os celulares das alunas foram apreendidos e os vídeos dos ataques, localizados. Segundo a polícia, o grupo contava com cerca de 20 alunas, incluindo a própria vítima.

Ainda de acordo com o delegado, há indícios de que algumas adolescentes tenham vínculo familiar com facções criminosas, o que pode ter influenciado a estrutura do grupo. Uma das envolvidas já havia sido conduzida à delegacia anteriormente, por estar acompanhada de membros de facção portando drogas.

Na quarta-feira (6), a Justiça determinou a internação de três adolescentes envolvidas diretamente nas agressões. Uma quarta menina, com 11 anos, está sob responsabilidade do Conselho Tutelar, por não ter idade mínima para responder pelo ato infracional.

Como resposta ao caso, o secretário de Estado de Educação, Alan Resende Porto, anunciou que a escola será transformada em uma unidade cívico-militar, com o processo de recrutamento de militares já em andamento.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) informou que está oferecendo apoio psicológico à vítima, aos demais estudantes e seus familiares. O estado de saúde da vítima não foi divulgado.

Fonte: Por Jardes Johnson, g1 MT.

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