Indea-MT confirma caso de raiva bovina em propriedade de Rondonópolis e emite recomendações para produtores
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) confirmou, na última terça-feira, 26 de novembro, um caso de raiva bovina em uma propriedade rural no município de Rondonópolis–MT. O diagnóstico foi feito por meio de exames laboratoriais realizados na última quinta-feira, 21 de novembro, no laboratório do Indea, na capital.
A raiva bovina foi detectada em um animal que, segundo informações do Indea, foi mordido por um morcego hematófago, transmissor da doença. A confirmação levou os veterinários do Indea a notificar a Secretaria de Saúde de Rondonópolis e os produtores de todas as propriedades localizadas em um raio de 10 quilômetros ao redor da área onde o foco foi identificado. O protocolo estabelecido orienta que os produtores da região vacinem os bezerros e revacinem o gado caso a última vacinação tenha ocorrido há mais de 60 dias.
A propriedade onde o caso foi confirmado deverá vacinar obrigatoriamente os animais novamente. Importante destacar que, apesar da confirmação da raiva, não será imposto bloqueio ou restrição ao trânsito de animais nas propriedades afetadas pelo foco e perifoco.
A técnica utilizada pelo Indea para detectar a raiva bovina foi a imunofluorescência direta, que envolve a coleta de amostras do cérebro e cerebelo do animal afetado. Essas amostras são submetidas a um reagente específico, permitindo identificar a presença do vírus. O resultado do exame, que normalmente pode levar até 48 horas, foi obtido no mesmo dia em que o material foi recebido pelo laboratório, evidenciando a eficiência do procedimento.
Com a confirmação do caso em Rondonópolis, o número de ocorrências de raiva bovina em Mato Grosso chega a 22 em 2024. A doença, que é sempre fatal, é causada pelo vírus Lyssavirus e pode afetar todos os mamíferos, incluindo animais domésticos e silvestres. A raiva bovina também é uma zoonose, podendo ser transmitida ao homem, principalmente através da mordida de morcegos hematófagos infectados, que eliminam o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue dos animais.
Os médicos veterinários do Indea recomendam que os produtores fiquem atentos aos sinais de raiva nos animais, especialmente pela manhã. Os principais sintomas da doença incluem apatia, agressividade, isolamento do rebanho, andar cambaleante, opacidade de córnea, dificuldade para engolir líquidos, fezes ressecadas e paralisia dos membros.
Em caso de suspeita de raiva, os produtores devem tomar algumas precauções importantes: comunicar imediatamente o Indea de seu município, evitar o contato com o animal afetado e isolá-lo do restante do rebanho. Essas medidas são essenciais para evitar a propagação da doença e garantir a segurança dos outros animais e das pessoas envolvidas.
Com o aumento dos casos de raiva em 2024, o Indea reforça a importância da vacinação de rebanhos e da vigilância constante por parte dos produtores rurais para prevenir a doença, garantindo a saúde do gado e a segurança pública.
Fonte: Luciana Cury | Indea.